quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O historiador como colunista - Astrologia: os últimos 500 anos

A partir de hoje, irei publicar vários textos do jornalista Peter Burke. Ele escreveu um livro chamado O historiador como colunista onde registrou suas principais colunas. Peter trabalha no jornal Folha de São Paulo. O mais intrigante é que ele não é brasileiro, mora no exterior, numa casa de campo afastada de tudo, e sabe tudo sobre o Brasil. E eu como uma estudante muito aplicada, irei expor meu ponto de vista em relação ao conteúdo, a pedido do meu professor da disciplina de Cultura Brasileira. Segue a primeira:

Hoje, as inúmeras colunas de jornais e revistas que oferecem, semanal ou mensalmente, conselhos a leoninos e escorpianos, dão a viva impressão de que a astrologia é levada a sério por muitos tipos de pessoas e em diferentes partes do mundo, da Grã-Betanha ao Brasil (para não mencionar a Califórnia). Colunas astrológicas em jornais e revistas são um lugar-comum. Livros expostos em aeroportos e estações ferroviárias oferecem guias astrológicos para manter a saúde, ganhar dinheiro ou melhorar a vida sexual. A Telecon britânica oferece a assinantes a oportunidade de discar um horóscopo, enquanto um restaurante num bairro em voga de Londres, Notting Hill, oferece a clientes a oportunidade de pedir mapas astrais com as refeições. Embora seja difícil verificar essa generalização, é bem provável que o que as pessoas acreditam em relação a horóscopo e ao signo influencia as escolhas que fazem no cotidiano.
A palavra influenciar foi originalmente um termo técnico de astrologia, antes de entrar para a linguagem do dia a dia com um sentido mais amplo. De maneira semelhante, as pessoas geralmente falam de uma ocasião auspiciosa, de alguém nascido com uma boa estrela, possuindo um temperamento jovial ou intelectualmente influente ou agindo como um lunático, e tudo isso sem parar pra pensar que estão usando a linguagem da astrologia. Até mesmo a palavra revolução foi originalmente um termo astrológico, que ligava os destinos de nações e Estados ao movimento circular dos planetas.
Por outro lado, as alegações feitas pelos astrólogos, especialmente a de serem capazes de prever o futuro, são frequentemente rejeitadas e até ridicularizadas por intelectuais como anticientíficas. Nos Estados Unidos, alguns anos atrás, por exemplo, a conhecida história de que o presidente Ronald Reagan tinha o hábito de tomar importantes decisões políticas com base nas previsões da astróloga de Nancy Reagan geralmente envocava hilaridade, descrença ou horror, mais do que simpatia, e virou alvo de piadas em espetáculos cômicos.
Nas verdade, o interesse do casal pela astrologia remonta há muito tempo, à época em que Reagan trabalhava como ator em Hollywood. Ele prestou juramento como governador da Califórnia na hora incomum de meia-noite de 2 de janeiro de 1967 seguindo o conselho de um astrólogo de que era um momento auspicioso para ele. Quando se tornou presidente dos Estados Unidos, a agenda semanal de Reagan era elaborada por Nancy sob o aconselhamento de Joan Quigley, uma astróloga de São Francisco. Decisões sobre o momento em que o presidente se submeteria a uma operação ou daria importantes  entrevistas coletivas à imprensa só eram tomadas depois que Nancy consultasse sua amiga em São Francisco. Antes de Reagan se encontrar com Gorbachev na reunião de cúpula de Genebra em 1985, Quingley recebeu a incumbência de traçar o horóscopo do líder soviético e quando Reagan se encontrou com Tranquedo Neves disse ao presidente eleito do Brasil que as relações entre os dois países iam ser boas porque os signos dos dois líderes eram compatíveis.
Hoje, então, poderíamos dizer que a astrologia é um fenômeno tanto global como popular, rejeitado por muitos intelectuais, especialmente cientistas, mas levada a sério por muitas outras pessoas. No passado, porém, fosse na antiga Mesopotâmia, na Roma antiga, no mundo árabe medieval ou (mais obviamente) na Europa entre 1300 e 1700, a situação era quase exatamente o inverso. Naquele tempo a astrologia era essencialmente um interesse de intelectuais, enquanto as pessoas comuns tendiam mais a consultar cartomantes, e adivinhos, cujas previsões se baseavam na leitura das palmas das mãos, em tigelas d'agua ou bolas de cristal, muito mais do que na observação das estrelas.
Uma história global da astrologia que discutisse práticas da China à Pérsia e da Índia ao império dos astecas seria uma empreitada tão difícil quanto fascinante. No que se segue, porém, vou concentrar-me no Ocidente, sem esquecer, é claro, que o conjunto de práticas que chamamos de astrologia veio para a Europa do Oriente. Fazia parte da sabedoria do Oriente ou da Luz do Oriente, sua transmissão para o Ocidente simbolizada pela história dos três sábios, ou Magnos, que seguiram uma etsrela que os levou ao bebê
 Cristo em Belém.
A astronomia era ensinada regularmente nas universidades medievais como parte do curso de artes e a distinção entre astronomia e astrologia era muito menos acentuada naquela época do que se tornaria no decorrer dos séculos XVII e XVIII. Alguns importantes intelectuais do Renascimento, escreveram sobre o assunto. O matemático italiano Girolamo Cardano descreveu a astrologia como o "mais elevado dentre os ramos do conhecimento porque lida com as coisas celestiais e com o futuro". Outro italiano, o médico humanista Marsílio Ficino, o filósofo favorito de Lourenço de Médici, o Magnífico governante de Florença, escreveu um tratado aconselhando seus leitores sobre como fazer uso da astrologia a fim de levar uma vida melhor. Uma das recomendações de Ficino era compor canções adequadas a planetas particulares a fim de atrair influências benéficas. Assim, a música marcial atrairia supostamente o planeta Marte, música voluptuosa o planeta vênus e assim por diante.
Em seu famoso tratado sobre arquitetura, outro humanista, Leon Battista Alberti, insistia na importância de consultar astrólogos a fim de decidir o dia certo ou até mesmo o momento certo para começar a construção de um edifício importante. O próprio Ficino foi chamado para aconselhar os construtores sobre a data do início da construção do grande Palazzo Strozzi, em Florença, em 1489. O palácio ainda está de pé. A astrologia é a chave de algumas pinturas famosas do Renascimento, incluindo um cliclo de afrescos no Palazzo Schifanoia, em Ferrara, e, segundo alguns estudiosos, a Primavera de Botticelli, em que a figura central representa tanto Vênus como Abril.
A astrologia não era considerada incompatível com a cristandade. Na verdade, um número de papas do Renascimento demonstrou um forte interesse pela astrologia: Borgia Alexandre VI, por exemplo, Médici Leão X e Farnese Paulo III estavam entre eles. Ao ser eleito, Paulo convidou seu astrólogo favorito para Roma e nomeou o bispo. Até mesmo o papa do século XVII Urbano VIII, que chegou a apoiar Galileu, pediu aos astrólogos que traçassem os horóscopos dos cardeais para que pudesse saber quanto tempo de vida restava a cada um deles.
Uma parte do clero via os astrólogos com hostilidade como seus rivais, mas de um modo geral os estudiosos das estrelas só entravam em choque com a igreja quando invadiam o seu território ao fazer comentários sobre questões religiosas. Alguns deles traçavam horóscopos das religiões, afirmando que diferentes fés estavam destinadas a se revezar na dominação do mundo graças à influência de suas estrelas. Cardano foi preso certa vez pela Instituição, acusado de ter feito o horóscopo de Cristo e de explicar os acontecimentos de sua vida pelas estrelas. Cardano também fez o horóscopo de Martinho Lutero-sem permissão.
Até o fim do século XVII, a astrologia continuou a ser considerada intelectualmente respeitável. Durante a guerra civil inglesa, por exemplo, Richard Overton, um líder do chamado Partido Nivelador, e um homem que foi descrito como racionalista, consultou um astrólogo para descobrir se sua aliança com o Exército seria bem sucedida. O rei Luís XIV da França nomeou um astrólogo como seu agente diplomático especial juntoà corte de Charles II da Inglaterra. Charles levou o agente às corridas de cavalos em Newmarket para ver se ele era capaz de prever os vencedores.
Essa reação pode parecer-nos um tanto cínica, mas é possível que Charles tivesse levado a coisa a sério. Mostrou interesse suficiente pelo assunto para consultar um astrólogo em relação a seus problemas políticos, perguntando-lhe, por exemplo, se suas relações com o Parlamento melhorariam e sobre o momento mais propício para fazer um discurso importante. Até mesmo Isaac Newton estudou astrologia quando jovem.
No entanto, se alguns intelectuais do calibre de Newton levaram a astrologia muito a sério, outros há muito vinham se professando céticos quanto às alegações de conhecer o futuro. Na Itália do renascimento, por exemplo, o famoso humanista Giovanni Pico della Mirandola publicou um livro chamado Refutações contra a astrologia em que negava a influência das estrelas nos afazeres humanos, bem como levantava objeções técnicas à possibilidade de fazer os cálculos preciosos necessários para traçar horóscopos. Ele rejeitou o determinismo econômico associado com Karl Marx.
O que Pico levava a  sério, por outro lado, era a mágica, em outras palavras, o poder dos indivíduos de manipular tanto o mundo natural como o social por meio de seus rituais. A reforma protestante levou a um aumento de críticas aos astrólogos. Martinho Lutero e João Calvino encaravam a astrologia como uma doutrina falsa. Por exemplo, no Tratado contra a astrologia , Calvino empregava o argumento bem-conhecido de que as alegações dos astrólogos devem ser falsas porque gêmeos idênticos têm a mesma estrela, mas diferentes destinos.
A partit do século XVII, a era da chamada Revolução Científica, a astrologia começou a perder respeitabilidade intelectual. Os oponentes a descreviam não só como falsa, mas também como absurda, incível ou enganosa. O astrônomo Johan Kepler, por exemplo, descreveu a astrologia como "a tola filhinha" da astronomia (embora ele continuasse a fazer horóscopo, inclusive o seu). Ele poderia ser descrito de melhor maneira como um reformador da astrologia, em vez de um crente tradicional ou um cético.
O filósofo Francis Bacon, contemporâneo de Kepler, acreditava na influência das estrelas sobre os afazeres humanos, mas não na capacidade dos astrólogos de fazer previsões. O pastor calvinista Pierre Bayle, cujo Dicionário histórico e crítico (1696) foi amplamente consultado no século XVIII, declarou que o sistema da astrologia era absurdo e que sua história não passava de uma crônica de falsidade e credulidade.
De modo semelhante, a grande Enciclopédia francesa dos anos 1750, um texto-chave do Iluminismo europeu, descrevia a astrologia em termos de pretenção, paixão e supertição. Na Grâ-Betanha do século XIX, a Sociedade para a Difusão do Conhecimento Útil, um grupo protestante, fez uma campanha contra a astrologia, enqaunto a polícia reguralrmente detinha astrólogos profissionais (depois de passar por seus clientes) e os mandava à prisão pelo crime de lograr o público.
No entanto, ao mesmo tempo em que a astrologia perdia seu antigo prestígio entre os intelectuais e as classes mais altas começava a atingir um número considerável de pessoas comuns. A invenão da imprensa e o aumento gradual da alfabetização prepararm o caminho para esse desenvolvimento. Almanaques eram impressos em quantidade cada vez maiores, eram relativamente baratos e na Inglaterra do século XVII, por exemplo, era 400 mil exemplares venidos anualmente. Em outras palavras, mais exemplares de almanaques eram vendidos na Inglaterra naquela época do que a Bíblia.
A astrologia dos almanaques era bem diferentedas dos humanistas do Ranascimento. Era adaptada aos interesses e às necessidades das pessoas comuns, acma de tudo das que trabalhavam na terra. Os almanaques tinham pouco a dizer, por exemplo, sobre horóscopos individuais. Em vez disso, concentravam-se em prever o tenpo do ano seguinte e os momentos mais propícios para plantar sementes, cortar os cabelos ou tomar um banho (acontecimento ainda raro na Inglaterra do século XVII), provavelmente tirando tanto idéias como informação da tradição da cultura oral. Previsões políticas também eram incluídas, particularmente durante a guerra civil dos anos 1640 e 1650, quando as pessoas estavam compreensivelmente ansiosas em relação às mudanças que o futuro poderia trazer.
De maneira semelhante, os astrólogos profissionais se adaptaram às necessidades dos diferente clientes e expandiram as atividades para a descoberta do paradeiro de pessoas ou navios desaparecido ou para encontrar propriedade roubada. Nessa fórmula mais popular, a astrologia sobreviveu até o início do século XIX e foi incorporada ao folclore rural. Por exemplo, dizia-se que nunca se devia matar um porco quando a lua estava na fase minguante. Caso isso fosse feito, o toucinho murcharia. Os romances de Thomas Hardy, publicados no fm do século XIX mas descrevendo o mundo rural do oeste da Inglaterra uma geração ou duas nates, estão cheios de referências à astrologia popular, especialmente tentativas de prever o tempo.
Enquanto isso, astrólogos urbanos, incluindo oficiais da Marinha aposentados (há muito familiarizado com as estrelas como uma ajuda à navegação), tentavam modificar sua especialidade, atualizá-la e torná-la mais científica, a fim de atrair as classes médias. Um novo jornal com o título de Modern Astrology  foi fundado em Londres em 1895. Seu primeiro editorial declarava que "chegou a hora de modernizar o antigo sistema da astrologia". Um dos modernizadores era um certo Richard Morrison, que se chamava Zadkiel e fazia uso de uma bola feita de cristal de rocha brasileiro para ajuda-lo nas previsões. Outro, Walter Old, conhecido como Sepharial oferecia a seus clientes previsões sobre os resultados de corridas de cavalo e o movimento dos preços na Bolsa de Valores.
No entanto, a tendência para a mdoernização não foi suficiente para silenciar os críticos da astrologia. Quando Zadkiel foi publicamente denunciado como uma fraude, acusou o crítico de calúnia e foi a justiça contra ele em 1863 (ganhou o caso mas o júri só lhe deu uma libra de indenização, provavelmente uma maneira de expressar a opinião de que a astrologia não deveria ser levada a sério.)
Outro importante astrólogo foi Richard Garnett, um estudioso multifacetado que se tornou superintendente da Sala de Leitura do Museu Britânico. Garnett levava uma vida dupla no sentido de que publicava livros de astrologia sob pseudônimo de A.G. Trent, estrátegia que sugere o temor de que o assunto fosse intelectualmente discutível. Ao contrário de muitos colegas astrólogos, Garnett era hostil ao ocultismo. "Nada", escreveu, "trouxe tanto descrédito à astrologia científica de que a noção de que é uma ciência oculta". "Não é nada disso", acrescentou, "enão poderia ser mais grosseiramente deturpada do que o fato de ser associada de alguma maneira com mágica ou teosofia" Um terceiro astrólogo ativo na Inglaterra vitoriana a até depois foi William Allen, que se chamou Alan Leo. O objetivo de Leo era modernizar, popularizar ou democratizar o assunto escrevendo livros com títulos como Astrologia para todos.
No começo do século XX houve um esforço concentrado da parte de um número de praticantes britânicos para elevar o status da astrologia e transforma-la numa profissão, como as recém emergentes de engenheiro, contabilista, agrimensor e assim por diante, cada um com institutos oficiais. De maneira semelhante, uma Sociedade de Pesquisa Astrológica foi fundada e Londres em 1902, seguida por um instituto astrológico em 1910 e também por uma Loja Astrológica, registrada como Instituição de caridade e que promovia palestras semanais.
A principal diferença entre essa astrologia renascida ou reformada e o tipo mais tradicional foi o sincretismo consciente. Por exemplo, alguns astrólogos adotaram a linguagem do inimigo, em outras palavras,  a da ciência do século XIX. Enfatizara a diferença entre seu campo e do da mágica e escreveram sobre "ciência espiritual", "a base científica da astrologia" ou "a prova científica do elo entre os signos e o comportamento humano".
Outros astrólogos usarama retórica das estatísticas (de maneira semelhante, alguns praticantes conteporâneos usam computadores para gerar horóscopos para seus clientes, não só para poupat tempo, mas para dar às previsões uma aura de alta tecnologia). Ainda outros astrólogos destacaram as conexões entre suas idéias e as dos rosas-cruzes e dos franco-maçons e aos mistérios do Egito antigo. Muitos deles apropriaram elementos de religiões orientais, do hinduísmo e do budismo, por exemplo, quer estudassem essas religiões diretamente, quer através de teosofia ou antroposofia sincretista que se espalhava na Inglaterra, na França e por toda a parte no fim do século XIX.
Por volta dos anos 1920 e 1930, alguns astrólogos tomavam emprestadas a linguagem e as idéias da psicologia de Carl Gustav Jung. Inversamente, a filha de Jung se tornou uma astróloga, enquanto o próprio Carl Gustav estudava o assunto. No seu rastro, muitos escritores tentaram psicologizar a astrologia, descrevendo o horóscopo como "mapa da psique" ou falando dos "planetas dentro de nós".
Mais comum, parece, é o uso da linguagem da astrologia como a da ciência e da religião. Essa nova astrologia sincretista, como a medicina alternativa e a alimentação orgânica, cavalga na onda do chamado movimento da Nova Era do fim do século XX. Existem também grupos minoritários de entusiastas ocidentais por astrologias específicas não ocidentais- por Feing Shui, por astrologia védica, tibetana e até asteca, mas alguma forma de sincretismo parece ser a norma.
Edte breve resumo dos últimos 500 anos de práticas que têm  pelo menos três mil anos sugere inúmeras reflexões. Para um historiador social, é fascinante observar a trajetória social da astrologia, a certa altura "superior", estudada por elites, em outra ocasião"inferior" ou popular e agora, parece, atraindo pessoas de classes diferentes. Um historiador futuro do século XX poderá interpretar o renascimento da astrologia não só como um exemplo da globalização da cultura, , mas também como uma reação contra uma visão científica do mundo que não tinha lugar para mágica ou poesia e levou a construção das bombas atômica e de hidrogênio. Para os astrólogos, esse padrão de ascenção, queda e ascenção renovada do interesse pela disciplina já era esperado. Até mesmo a astrologia não pode escapar à influência das estrelas.

Comentário:

É curioso saber que a astrologia já passou por altos e baixos, assim como quase tudo passa. Eu sempre olhei meu signo nos jornais e sempre acreditei em astrologia. Já fiz a leitura do meu mapa astral com uma super conceituada astróloga, Lúcia Helena, que inclusive faz o mapa astral dos grandes executivos de um banco mundialmente conhecido. A agenda dela é sempre lotada, apesar de morar no Rio de Janeiro, consegue atender o Brasil inteiro. No meu caso, na época em que me atendeu eu morava em Curitiba. Na ocasião, fui junto com meu namorado da época. O meu atendimento durou quase duas horas, já o dele durou 30 min. A diferença do atendimento foi o tamanho da crença e o interesse que cada um tinha sobre o assunto.
Hoje eu vejo a astrologia fazer parte da vida das pessoas de uma forma mais natural. Quando inaugurei meu antigo negócio, esperei ser um dia em que a lua estivesse cheia, me falaram que dava sorte, significava fartura.
As pessoas me parecem ser muito ansiosas, e têm uma necessidade grande de saber o que vai acontecer no futuro, o que têm por vir. Se for solteiro quer saber se vai casar, se é casado quer saber se o casamento vai durar, se está doente quer ver uma esperança de cura, se está desempregado quer saber  se vai conseguir um emprego e etc.
Na minha vida, procuro usar a astrologia como uma forma de perceber os momentos certos para fazer determinadas escolhas, e não usar da curiosidade de futuros acontecimento que possam acontecer. Procuro viver o presente como o momento mais importante, controlando o meu ego o máximo possível. Pra quem não sabe de que ego estou falando, irei explicar.
A palavra ego tem sentidos diferentes para pessoas diferentes, mas para os espiritualistas(meu caso), psicólogos e estudiosos no assunto significa um falso eu interior, criado por uma identificação inconsciente com a mente.
Para o ego, o momento presente dificilmente existe. Só o passado e o futuro são considerados importantes. Essa total inversão da verdade explica por que, para o ego, a mente não tem função. O ego está sempre preocupado em manter vivo o passado, porque pensa que sem ele não seríamos ninguém. E se projeta no futuro para assegurar a continuação de sua sobrevivência e buscar algum tipo de escape ou satisfação lá adiante. Ele diz assim:"Um dia, quando isso ou aquilo acontecer, vou ficar bem, feliz ou em paz".
O momento presente tem a chave para a libertação. Mas você não irá conseguir percebê-lo enquando você se deixar levar pelo ego.
O poder da astrologia depende do tamanho da crença de cada um de nós. Assim como qualquer religião.
Beijos




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