sexta-feira, 6 de agosto de 2010

De Picasso a Gary Hill

Les Lutteurs, de Pablo Picasso
A pedido do meu professor André Feitosa, da disciplina de Cultura Brasileira, fui ver a exposição De Picasso a Gary Hill, no Centro Cultural Dragão do Mar.

Serviço:
De Picasso a Garry Hill
Visitação do público, de 13 de julho a 29 de agosto.
Em julho, das 14h às 21h (acesso até 20h30)
Em agosto, das 9h às 19h (acesso até 18h30)


A exposição me fez questionar o modernismo. O que é moderno? Quais as diferenças entre arte moderna e contemporânea? Quais os sentimentos que me são despertados ao ver uma arte moderna e uma contemporânea? Eu consigo sentir emoções, sensações, captar uma menssagem? Ou apenas olhar e ver um monte de rabisco e desenhos sem forma? O que é a arte? A arte está presente na minha vida hoje? Ela é importante pra mim?

"Nós só o vemos o que somos e só damos o que temos"

Seguem alguns dos grandes artistas que estão fazendo parte da exposição e algumas de suas obras, no caso, escrevi as que mais gostei:

JOAQUÍN TORRES GARCÍA
(Montevideu, Uruguai, 1879-1949)
Obra - Máscara, 1928, óleo sobre madeira recortada.    
                          

Pintor e escultor, inicia-se aos 17 anos, em Barcelona, juntando-se a vanguarda artística com ambição de tornar-se pintor de murais e arte pública. Em 1918, questões financeiras passa a construir brinquedos a partir de elementos geométricos, o que muito repercute no seu desenvolvimento artístico, e o que mais tarde seria denominado vibracionismo. Em 1932, devido a depressão econômica, retorna ao Uruguai e além de ser absorvido pela formalidade dos símbolos, adere à arte mágica e mitológica pré colombiana. Em 1943 criou o ateliê Torres Garcia, o qual tem forte influência no desenvolvimento da arte latino-americana do pós-guerra. Morre en 1949.


PABLO PICASSO
(Málaga, Espanha, 1881 - Mougan, 1973)
Obra - Le Peintre au Travail, 1964, guache sobre papel.


Pintor, escultor, gravador e desenhista. Por sua versatilidade no uso de diversar técnicas e a multiplicidade de materiais utilizados fora considerado um mestre da arte do século XX. Inicia seus trabalhos em 1901, pintando como tema a solidão e a morte, usando sempre o tom azul. Mais tarde em 1906, em Andorra, sua obra passou a ter fortes influências da arte grega, ibérica e africana, tornando-o conhecido como co-fundador do cubismo e seu mais representativo artista, juntamente com Georges Braque. Dentre suas tantas obras, destacan-se as pinturas Guernica e Demoiselle D'Avingon. Aos 87 anos, produziu em menos de um ano, mais de 300 gravuras que traziam temas de sua juventude: os circo, o teadro e as touradas. Morre em 1973, na França aos 91 anos.


ADOLPH GOTTLIEB
(Nova Iorque, 1903-1974)
Obra - Titled Wall, 1968, alumínio pintado.


Pintor e escultor. Estudou na Académie de la Grande Chaumiére, Paris. Nas década de 1930, tornou-se professor em Nova Iorque, enquanto mantia sua atividade de pintura. De 1937 a 1939, viveu no deserto do Arizona, fase em que sua obra experimenta o surrealismo. Em seguida, de 1941 a 1950, como resultado destes experimentos cria a série "Símbolos". Em 1950, começou uma nova série intitulada "Paisagem Imaginária" Em sua última série de ruptura, que teve início em 1957, ele simplifica a sua representação a dois discos de formas sinuosas e massas. Suas pinturas são variações com esses elementos dispostos de maneiras diferentes. Gottlieb é considerado um dos primeiros pintores dos "campos de cor". É tido como um dos percurssores da abstração lírica e um dos pintores mais representativos do expressionismo abstrato.


ALLAN MCCOLLUM
(Los Angeles, Califórnia, 1944)
Obra - Collection of 60 drawings n. 7, 1988-1990, lápis sobre papel, (60 peças)


Escultor e gravador. Utiliza-se de métodos de produção em massa, muitas vezes criando objetos únicos, conquanto em largas quantidades. Entre 1988 e 1991 combina objetos de uso domésticos, tal como embalgens de alimentos e tampas de garrafas, para criar mais de 30 mil objetos chamados trabalhos individuais. Nos anos 9, em colaboração com alguns pequenos museus dos EUA e da Europa, chama a atenção para formas geológicas que marcavam e estabeleciam a identidade das comunidades. Em 2005, junto a uma biblioteca comunitária e estudantes, artesões, arquitetos e outros artistas, Maccollum desenhou o projeto Shapes - um sistema que "produz uma forma completamente única para cada pessoa no planeta, sem repetir"


GARY HILL
(Califórnia, EUA, 1951)
Obra - Betwees 1 & 0, 1993. Videoinstalação, 2 canais de vídeo, instalção de 13 monitores de 14 polegadas, computador, 2 alto falantes sobre alumínio.


Artista visual, um dos mais importantes nomes da integração entre arte e tecnologia, começou a carreira como escultor e, somente nos anos 70, numa época em que se possibilitava produções independentes por meios alternativos, tomou parte da videoarte em Woodstock. As obras de Gary Hill surpreendem e chocam, numa combinação sutil de imagens e palavras que se debatem e se confrontam. Suas obras mais conhecidas, dentre outras, são: Circunstances, Wall piece e Viewe, que o consagraram como um dos principais percurssores mundiais de videoarte.


HENRI MATISSE
(Le Cateau, 1869 Nice, França 1954)
Obra - Oceanie: Le ciel, 1946-1947, Stencil e painel de seda sobre linho natural.


Pintor, escultor e desenhista francês. Ingressou na Escola de Belas Artes de Paris tão logo abandonara os estudos de Direito. Influenciado pelo pós impressionismo de pintores como Cézame, inspirou-se igualmente no pontilhismo para desenvolver sua técnica de cores mais densas, depreendidas, de onde surgiu o termo fauvismo. Embora se trate de panoramas diferentes e matizes adversas, Mulher em chapéu (1905) e bonheur de vivre (1906) expressam toda a predominância de cores inerêntes a sua obra. Entre 1908 e 1913, foi lhe confiada uma reputação internacional, Matisse expôs na Alemanha e em Nova Iorque e seus trabalhos foram considerados obras primas do século XX os quais, depois de suas viagens ao norte da África, Itália e Espanha, adensaram-se em cores mais exóticas. Seu último trabalho foi a decoração da capela do Rosário, perto do Nice, onde veio à óbito.


LETÍCIA PARENTE
(Salvador, BA, 1930 Rio de Janeiro, RJ, 1991)
Obra - Marca registrada, 1974, vídeo, 8


Artista visual e cientista, Letícia era Doutora em Química, professora titular da Universidade federal do Ceará e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC. Pioneira na utilização de novas mídias na arte brasileira, utilizou a xerox, a arte postal e, sobretudo, o vídeo introduzinho a criação em videoarte entre os artista de então. O vídeo marca registrada, onde a artista borda em seu pé a inscrição Made in Brasil, tornou-se um emblema da videoarte no país. Os\trabalhos da artista focavam sempre o corpo como objeto pra a produção de sentido na arte.


PAUL KLEE
(Munchenbuchsee, Suiça, 1879 Muralto, 1940)
Obra - Mesas com oferendas, 1933, pastel sobre papel.


Pintor e desenhista, além de violinista e escritor analista de concertos e teatro. Teve forte influência do expressionismo, cubismo e surrealismo em seus trabalhos. Na adolescência já mostrava suas habilidade desenhando paisagens e em 1897 iniciou um diário, o qual manteve até o início dos anos 20, dando informações sobre sua vida e arte. Em 1898 começou a estudar artes na academia de Belas Artes, em Munique, destacando-se nos desenhos, embora infeliz com o senso de coloração natural. Após uma estadia na Itália, onde estudou técnicas de mestres da pintura, volta a Berna, onde viviam seus pais, e desenvolve alguma tecnicas experimentais. O que resultou na sua primeira exposição, As invensões 11 rascunhos em placa de zinco. Apenas em 1914, numa breve visita a Tunísia, Klee sentiu a cor fluir em sua obra, levando-o assim a aderir ao "romantismo da abstração". Durante a Primeira Guerra, além de concentrar-se em diversos outros trabalhos, exerce o cargo de escrituário e pintor de aviões. Deu aula na Bauhaus. Tornou-se membro do grupo Die Blaue Vier juntamente com Kandinsky. Nos anos 30 conferiu uma predominância de formas geométricas em sua obra e traços mais pesados. Morre em 1940, deixando um legado de mais de 9.000 obras de arte.


RICHARD SERRA
(Califórnia, EUA, 1939)
Obra - Prop, 1968, instalação Aço (placa e tubo)


Escultor. Influenciado pelo movimento da Arte Povera e Minimalista, iniciou-se sua carreira nos anos 60 combinando materiais como metal e lâmpadas. Em 1970, trazendo novas possibilidadesm muitas delas experimentadas até os dias de hoje, conseguindo chegar a um equilíbrio entre as placas de aço, sem que as mesmas precisassem de apoios externos. Outras característica sua é que todas as suas esculturas são definidas a partir do local onde serão concebidas, mantendo uma relação com o meio, sendo ele urbano ou não. Valendo-se disso, e ainda além, seus trabalhos refletem os processos e as propriedades físicas, alterando a percepção do espectador, quanto ao espaço, buscando sempre novas possibilidades e direções. Em 1987, expôs-se na Federal Plazza, em Nova Iorque, e sua obra teve uma repercussão bastante polêmica, indo para num ferro velho dois anos depois. Recentemente seus 40 anos de carreira ganharam destaque no Museum of Modem Arte.


ALEXANDER CALDER
(Lawton, Pensilvânia 1898 - Nova YORK, 1976)
Obra - Sem título, 1934, madeira e metal.


Escultor, filho de pais escultores, desde criança fora incentivado pelos mesmos a criar e a modelar a partir do barro e outros meios que dispunha na oficina da família. Calder, porém, que crescia numa época de inovações tecnológicas, tendo cursado Engenharia no Stevens Institute os Thecnology, em Nova Jersey, alterou consideravelmente a arte moderna ao infudir um novo método de esculpir o qual ele mesmo intitulou "figuras tridimensionais no espaço", utilizando-se de arames e fios torcidos, flexionados. Dessa temática, destacam-se os móbiles. Calde também dedicou-se às esculturas ao ar livre e ainda hoje sua titênicas e imponentes produções estão espalhadas por diversas praças públicas ao redor do mundo. É conhecido como mestre da forma e do equilíbrio e, sobretudo, de "esculturas em movimento".

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